Sou a Joana e nasci na terra mais pequenina e mais bonita (pelo menos do meu mundo). Da minha janela, em vez de ver prédios grandes a tapar o azul do céu, pessoas apressadas e carros amontoados, vejo o verde das florestas, dos campos e todos os dias há um pôr-do-sol diferente e colorido. De noite não se vêem as luzes de janelas amontoadas nos prédios, dos carros e dos candeeiros, vêem-se sim todas as estrelas e galáxias do universo e a lua enorme e brilhante num céu infinito pintado só para mim. Não se ouvem "Pipiiis" nem "Pópóoos", ouve-se o vento que passa nos ramos das árvores, o chilrear dos passarinhos e o assobio do pastor a comandar o rebanho. Não há hipermercados, há hortas com legumes sempre fresquinhos todo o ano, árvores carregadas de frutos maduros e pão saído do forno a esfumegar. Sabe bem sentar-me à janela, respirar fundo uma lufada de ar fresco e sentir toda a paz e calma do mundo a fluir-me nas veias. Gosto e admiro as coisas simples e pequeninas à minha volta e à volta de meus dias, que muita gente não consegue ver (por terem as janelas da alma fechadas), o que as torna ainda mais bonitas e únicas.
Não pretendo ser coisa grande nenhuma.
1 comment:
Joana, das-me uma daquelas florzinhas lilazes que tens em tua casa. Eu dou-te um quadro meu.
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